22 de dezembro de 2024

Novas medicações no tratamento da dependência da nicotina

28 de novembro de 20133min40

Acesse: Novas Medicacoes No Tratamento Da Dependencia Da Nicotina.pdf

Novas medicações no tratamento da dependência da nicotina

Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira
Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria Escola Paulista de Medicina-UNIFESP Coordenador da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

A área de abuso de substâncias psicoativas vem recebendo um grande impulso nos últimos anos com relação a novos tratamentos graças a um melhor entendimento do funcionamento do sistema nervoso. Antes de discutir esses novos medicamentos em relação ao fumo devemos brevemente descrever os mecanismo e as regiões onde essas medicações potencialmente estarão agindo.
Anatomia do Prazer e da Abstinência da Nicotina
Pesquisas nos últimos anos mostram que o comportamento disfuncional relacionado ao uso de substâncias tem um substrato cerebral que envolve o sistema dopaminérgico mesolímbico. Este sistema é chamado de “brain reward system” ou sistema de recompensa cerebral, que é o responsavel pelo prazer sentido pelos animais e também pelo homem. Este sistema origina-se de neurônios da região tegmentar ventral e continua pelo hipotalamo para o núcleo acumbens e a partir daí para o cortex pré-frontal. É nesta região que as drogas que causam dependência agem, criando um situação onde o animal continua a administrar a droga apesar de uma série de desconforto associado. Os sintomas de abstinência por outro lado aparentemente está relacionado ao locus ceruleus e está relacionado a norepinefrina.Como qualquer outra substância que causa dependência a nicotina age tanto na região do prazer quanto na região da abstinência. A nicotina aumenta os níveis de dopamina no núcleo acumbens, que é a marca biológica da dependência. Além disso também produz aumento de norepinefrina no locus ceruleus, que é sinônimo de sintomas de abstinência.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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