Serviço de Emergência Psiquiátrica: Um Estudo Descritivo
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Serviço de Emergência Psiquiátrica: Um Estudo Descritivo
Luís André Castro
Ronaldo Laranjeira
John Dunn
Neste estudo foram avaliados 492 pacientes com o objetivo de descrever as suas características clínicas durante o atendimento de emergência psiquiátrica. A amostra não apresentou diferença entre os sexos, sendo a faixa etária predominante entre os 21 e 50 anos. Aproximadamente, a metade dos pacientes (49,6%) estavam acompanhados por algum responsável ao ser conduzida ao serviço de emergência psiquiátrica, as outras fontes principais de origem foram a polícia (6,7%) e o SOS criança (5,3%). Os principais diagnósticos foram os transtornos do humor (25,7%), transtornos psicóticos (21,4%) e transtornos por abuso de drogas (20,8%). Os pacientes caracterizavam-se pela presença de prejuízo do funcionamento social e ocupacional entre leve (22,3%) a moderado (23,6%), problemas com o grupo de apoio primário (46,8%) e problemas com o ambiente social (11,6%). Os pacientes foram medicados com antipsicóticos (25.3%), benzodiazepínicos (11,2%) e antidepressivos (6,5%). A grande maioria dos pacientes (82,1%) foi dispensada, sendo encaminhada ao ambulatório de psiquiatria da própria Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (42,5%) e aos ambulatórios de saúde mental da região (11,6%). Os casos graves (17,1%) foram encaminhados para os leitos de observação, sendo que 7,4%) desses pacientes foram internados.