Efeitos do uso da maconha nas funções cognitivas: revisão da literatura
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Efeitos do uso da maconha nas funções cognitivas: revisão da literatura
Maria Alice F. P. Novaes, Paulo J. Cunha, Flávia Jungerman, Suely L.S. Nassif, Marcos B. Ferraz, Ronaldo R. Laranjeira
A maconha é uma das drogas ilícitas mais consumida no Brasil. De acordo com um levantamento domiciliar feito na cidade de São Paulo por Galduróz et al, 19991 Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), a maconha foi a droga que teve maior freqüência de uso na vida, para jovens maiores de 12 anos, seguida de longe pelos solventes e pela cocaína.
Galduróz et al2 compararam os quatro levantamentos realizados pelo CEBRID no Brasil em 1987, 1989, 1993 e 1997 em 10 capitais brasileiras, e concluiram que o uso freqüente da maconha, classificado como uso de seis vezes ou mais no mês, e o uso pesado, vinte vezes ou mais no mês, cresceu de maneira estatisticamente significante. No levantamento de 1997, um dado importante é que pela primeira vez em 10 anos, a maconha ultrapassou os solventes como droga de maior uso na vida, mesmo que isso tenha ocorrido apenas em uma das capitais pesquisadas, Porto Alegre. Nas demais capitais, embora a maconha apareça na segunda ou terceira posição, houve aumento na tendência de uso na vida, e esta unanimidade de crescimento em todas as 10 capitais, só foi observada para esta droga.