Aspectos neurofarmacológicos do uso crônico e da Síndrome de Abstinência do Alcool Neuropharmacological aspects of chronic alcohol use and withdrawal syndrome
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Aspectos neurofarmacológicos do uso crônico e da Síndrome de Abstinência do Alcool
Neuropharmacological aspects of chronic alcohol use and withdrawal syndrome
Marcos Zaleski, Gina Struffaldi Morato, Vilma Aparecida da Silva e Tadeu Lemos
Na última década, pesquisas clínicas e préclínicas, na área da dependência química, permitiram um grande avanço na compreensão dos seus mecanismos cerebrais subjacentes, caracterizando-a como um transtorno da plasticidade neural, responsável pela neuroadaptação à exposição crônica às drogas.
A neuroadaptação e outras alterações químicas causadas pelo consumo crônico de etanol geram déficit cognitivo, tolerância e dependência física que, por sua vez, contribuem para a manutenção do uso da droga. A cessação da ingestão crônica de álcool ou até mesmo uma queda súbita nos níveis plasmáticos de etanol, pode provocar sintomas de intensidade variada diagnosticados pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças,10ª Revisão, da OMS) e pela DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4ªed., da Associação Psiquiátrica Americana),como a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA).Tomaremos como modelo dos acontecimentos neuroquímicos da exposição crônica ao etanol a Síndrome de Abstinência do Álcool,que define a dependência física a essa substância,contém mecanismos comuns com o fenômeno de tolerância funcional ou farmacodinâmica e envolve alguns dos processos que resultam no déficit cognitivo do alcoolista crônico.