Tabagismo atinge desproporcionalmente os diferentes estratos sociais
O tabagismo é um problema que afeta desproporcionalmente diferentes grupos sociais, refletindo as desigualdades socioeconômicas. A prevalência do tabagismo no Brasil diminuiu de 2006 a 2019, mas ainda persistem disparidades significativas. A taxa de tabagismo é mais alta entre pessoas com baixa escolaridade e renda, além de ser mais comum entre minorias, como LGBTQIA+. Além disso, a exposição à publicidade de produtos de tabaco varia com base em raça, idade, educação, renda, gênero e orientação sexual.
A indústria do tabaco utiliza estratégias de marketing direcionadas a grupos específicos, apesar das proibições de publicidade no Brasil. Essas estratégias incluem patrocínio de eventos e campanhas de “responsabilidade social corporativa”. Isso aumenta a probabilidade de consumo de tabaco e exposição ao marketing, afetando negativamente a saúde das populações mais vulneráveis.
Para combater as disparidades relacionadas ao tabagismo, é fundamental implementar medidas adicionais, como proibir o patrocínio, a responsabilidade social corporativa e a exibição de produtos em pontos de venda, além de padronizar as embalagens. O Brasil já é signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da OMS e deve continuar a fortalecer suas políticas de controle do tabaco, especialmente visando grupos marginalizados. Uma abordagem equitativa na formulação de políticas sobre o tabaco é essencial para melhorar o estado de saúde e bem-estar de todos os brasileiros.
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