27 de dezembro de 2024

Falta atenção à saúde mental de quem vive nas ruas

27 de junho de 20173min21
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Jornal da USP

Para Paulo Saldiva, doentes mentais e dependentes químicos precisam de tratamento adequado, o que eles não encontram nas ruas

Por – Editorias: Atualidades, Paulo Saldiva
 

As ações na Cracolândia despertaram a atenção para uma triste realidade: faltam leis em saúde mental para os moradores de rua. Entre eles, há dependentes químicos, alcoólatras e também doentes mentais. Passear pelo centro da cidade é como visitar uma enfermaria psiquiátrica a céu aberto, com a diferença de que os doentes não se beneficiam de nenhum tipo de tratamento.

O professor Paulo Saldiva, em sua coluna “Saúde e Meio Ambiente”, observa que o termo tratamento psiquiátrico carrega consigo um forte estigma, que remete ao que ocorria no passado, quando choques elétricos ou confinamentos em instituições mentais faziam parte da realidade dos doentes mentais. Isso levou a que o tratamento passasse a ser feito em hospitais gerais ou em domicílios – neste caso, sob responsabilidade da família. Saldiva admite que é preciso internar esses doentes, apesar da falta de leitos, por exemplo, e da própria questão envolvendo uma suposta invasão a suas liberdades individuais. É um problema complexo, mas que exige uma solução. As doenças mentais e a dependência química são das que mais trazem sofrimento ao ser humano.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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