Livro “Baseado em evidências: o recomeço longe das drogas”
*Por Adriana Moraes
O material aqui retratado tem como finalidade principal apresentar a relevância do Programa Recomeço, criado especialmente para ajudar os dependentes químicos, principalmente usuários de crack, oferecendo tratamento multiprofissional com uma equipe especializada e posteriormente a reinserção social.
Neste livro, Dr. Ronaldo Laranjeira, um dos maiores especialistas do país em dependência química, em conjunto sua equipe de especialistas, traça um histórico do Programa Recomeço e faz um relato muito interessante e aprofundado sobre o modelo de gestão e metodológico na relação de parceria com as comunidades terapêuticas, fornecendo dados relevantes sobre a experiência pioneira do Estado de São Paulo no enfrentamento da epidemia de crack, que vem servindo de exemplo para todo o Brasil.
O Programa Recomeço é fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde, Justiça, Segurança Pública, Educação e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, constituindo-se em um case de sucesso na implantação de uma rede assistencial para tratamento e recuperação de usuários de drogas.
A Rede Recomeço foi pensada para constituir equipamentos de cuidados à população usuária de substâncias psicoativas, visando a reestruturação do dependente químico em qualquer estágio da doença.
Rede de Assistência Programa Recomeço:
- Hospitais;
- Atendimento Ambulatorial (CRATOD, CAPS, UBS, UPAS, etc.);
- Casa de Passagem;
- Comunidades Terapêuticas;
- Repúblicas;
- Moradia Assistida;
- Recomeço Família;
- Conselheiros de Rua;
- Disk Recomeço.
Recuperar a saúde física e psicológica, trazer de volta autoestima e reintegrar dependentes químicos ao convívio social são as bases de ações do Programa Recomeço, que foi criado com o objetivo de facilitar o acesso ao atendimento médico e psicossocial, e promover o abandono do vício, resgatando a dignidade dos usuários de substâncias psicoativas.
O Programa Recomeço mostra que é possível ter sucesso na política sobre drogas e que o único caminho para tal é transformar este enfrentamento em uma legislação de política pública estadual.
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Boa leitura!
*Adriana Moraes – Psicóloga da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) – Especialista em Dependência Química – Colaboradora do Site da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas).