O PLANO SECRETO DE DEUS – Escravidão
25 de outubro de 20167min44
Pe. Haroldo Rahms
Escravidão é uma vida negativa e não é de admiração que os primeiros cristãos aceitavam como uma existência natural.
Os Judeus e os primeiros cristãos aceitavam o fato como normal. Apesar disso, historicamente falando, o Cristianismo tem sido o único efetivo destruidor da escravidão. Custou muito tempo, mas chegou. Nos Estados Unidos, a escravidão causou a Guerra Civil (1861-1865). No Brasil os escravos foram libertos pela princesa Isabel dia 13 de maio de 1888.
O Novo Testamento reflete a situação do mundo grego-romano-hebraico da escravidão. Hoje em dia não aceitamos a escravidão, mas várias nações continuam a prática em muitas maneiras.
As Escrituras deram algumas ideias contra um tipo de escravidão dizendo:
“Então, alguns começarão a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero” (Mt 24, 49-51). Algumas Bíblias traduzem a palavra “empregado” para “escravo”.
Paulo aceitou a escravidão e escreveu assim:
“Escravos, obedeçam com medo e respeito àqueles que são seus donos aqui na terra. Façam isso com sinceridade, como se estivessem servindo a Cristo. Não obedeçam aos seus donos só quando eles estiverem vendo vocês, somente para conseguir a aprovação deles. Mas, como escravos de Cristo, façam de todo o coração o que Deus quer. Trabalhem com prazer, como se vocês estivessem trabalhando para o Senhor e não para pessoas. Lembrem que cada pessoa, seja escrava ou livre, será recompensada pelo Senhor de acordo com o que fizer. Donos de escravos tratem seus escravos também com respeito e parem de ameaçá-los com castigos. Lembrem que vocês e os seus escravos pertencem ao mesmo Senhor, que está no céu, o qual trata a todos igualmente” (Ef 6, 5-9).
Paulo destaca que a condição de escravo é sem importância diante da libertação espiritual trazida por Cristo. É difícil entender isso, pois nossa cultura é diferente.
Paulo continua:
“Você era escravo quando Deus o chamou? Não se preocupe com isso. Mas, se você pode se tornar livre, então aproveite a oportunidade. Pois o escravo que foi chamado pelo Senhor é agora um homem livre que pertence ao Senhor. Assim também o homem livre que foi chamado por Cristo é escravo de Cristo. Deus comprou vocês por um preço; portanto, não se tornem escravos de seres humanos. Irmãos, cada um deve continuar na presença de Deus assim como era quando Deus o chamou” (1Cor 7, 21-24). É um pouco mais fácil para nós hoje entender.
O mundo romano estava cheio de pessoas oprimidas, muitas das quais tinham sido levadas, desde a sua infância, a um país estrangeiro para servir como escravos. Alguns desses escravos vieram a crer em Cristo. Talvez pensassem que podiam ser melhores cristãos se fossem livres. Nós podemos cair na mesma armadilha. Olhamos para os outros e pensamos que circunstâncias diferentes das nossas poderiam facilitar a recuperação. Em lugar de desejar que ocorram milagres, podemos começar o processo de recuperação sem se importar em que situação estejamos. Quando entregamos a nossa vontade e a nossa vida a Deus, temos um novo poder que age em nós, sem levar em conta as nossas circunstâncias externas.
Jesus, o Filho de Deus, tomando a condição de escravo (Fl 2, 7), nos libertou da nossa escravidão do pecado (Rm 6, 6) e da escravidão do mundo (Gl 4, 3), para conferir a nós a adoção filial fantástica!
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