Não há evidências para uso da cannabis contra doenças mentais, diz Associação de Psiquiatria
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) publicou, no último dia 17 de julho, um posicionamento oficial sobre o uso de produtos com substâncias extraídas da maconha (cannabis sativa) em tratamentos psiquiátricos. A associação recomenda cautela na utilização de derivados da planta, como o canabidiol e o tetrahidrocanabinol (THC), lembrando que não existem evidências científicas que provem a sua eficácia contra doenças mentais. Ao mesmo tempo, o documento lembra que a adoção de substâncias psicoativas presentes na cannabis causam dependência química, podem desencadear quadros psiquiátricos ou piorar os sintomas de enfermidades já diagnosticadas.
Segundo a ABP, “não há nenhuma evidência científica convincente de que o uso de canabidiol, ou quaisquer dos canabinóides, possam ter qualquer efeito terapêutico para qualquer transtorno mental”.
O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, especialista em dependência química, confirmou os efeitos negativos do uso da cannabis ao elogiar a nota da ABP. Segundo ele, muitas evidências contrárias estão sendo comprovadas nos Estados Unidos, um dos primeiros países a legalizar a maconha.