25 de dezembro de 2024

MACONHA É MAIS PERIGOSA DO QUE VOCÊ PENSA

18 de janeiro de 20197min713
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À medida que a legalização da droga se espalha nos Estados Unidos, mais americanos estão se tornando grandes consumidores de maconha, apesar de suas ligações com violência e doença mental.

Nos últimos 30 anos uma campanha/lobby inteligente e dispendioso tornou os americanos mais tolerantes com a maconha, apesar dos Psiquiatras e Epidemiologistas chegarem ao consenso ela representa riscos mais sérios do que a maioria das pessoas imaginam.

Cerca de 15% dos americanos usaram maconha em 2017, contra 10% em 2006 (Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde do Governo Federal Americano) e o número de americanos que usam maconha pesadamente está aumentando: em 2006 eram mais de 03 milhões de americanos o usando a droga mais de 300 vezes por ano; em 2017 esse número aumentou para 08 milhões!

A MACONHA DE HOJE É MUITO MAIS POTENTE DO QUE NOS ANOS 1970, QUANDO TINHA MENOS DE 2% DE THC E HOJE CONTÉM 25%.

Pior ainda, em alguns estados muitos usuários usam extratos quase puros de THC.

Uma grande pesquisa constatou um aumento de doenças mentais graves nos EUA: em 2017 7,5% dos jovens adultos preenchiam os critérios para doença mental grave, o dobro da taxa em 2008! O que está se constatou é que em casos individuais, a maconha pode causar psicose, e a psicose é um fator de alto risco para a violência. Além do mais, muito dessa violência ocorre quando pessoas psicóticas estão usando drogas. 

Esquizofrênicos que evitam drogas recreativas são apenas moderadamente mais propensos a se tornarem violentos do que as pessoas saudáveis; mas quando usam drogas, o risco de violência aumenta exponencialmente, e a droga que eles mais usam é maconha.
A maneira pela qual a maconha alimenta a violência em pessoas psicóticas é através de sua tendência em causar paranóia. 

Até mesmo os defensores da maconha reconhecem que pode causar paranóia; o risco é tão óbvio que fazem piadas sobre isso.

Artigo de 2007 do Medical Journal of Australia analisou 88 assassinos que cometeram os crimes durante episódios psicóticos e a maioria (quase 2/3) relataram uso de maconha e acreditavam que as vitimas os estavam perseguindo ou colocando-os em perigo.

A ligação entre maconha e violência não parece limitada a pessoas com psicose pré-existente. 

Pesquisadores estudaram álcool e violência por gerações, provando que o álcool é um fator de risco para abuso doméstico, agressão e até assassinato. mas muito menos trabalhos foram feitos sobre a maconha, porque os defensores estigmatizam qualquer um que levante a questão. Mas estudos mostram que o uso de maconha é um fator de risco significativo para a violência.

Artigo de 2012 do Journal of Interpersonal Violence, examinando pesquisa federal com mais de 9.000 adolescentes, descobriu que o uso de maconha estava associado a uma duplicação da violência doméstica nos EUA.

Artigo de 2017 da revista Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, examinou 6.000 motoristas britânicos e chineses, descobrindo que o uso da maconha estava ligado ao aumento de 05 vezes na violência no trânsito.

Antes de os estados legalizarem a maconha recreativa, os defensores previram que a legalização permitiria que a polícia se concentrasse nos criminosos e não nos usuários, reduzindo assim os crimes violentos, mas os quatro primeiros estados a legalizar a maconha para uso recreativo tiveram em 2013 cerca de 450 assassinatos e em 2017 mais de 620 assassinatos e 38.000 assaltos; aumento muito maior do que a média nacional.

Há séculos o mundo entende que maconha causa doenças mentais e violência, assim como eles sabem que opiáceos causam dependência e overdose.

Dados concretos sobre a relação entre a maconha e a loucura remontam a 150 anos, aos registros de asilos britânicos na Índia.

No entanto, há 20 anos poderosos interesses econômicos se mobilizaram para incentivar o uso mais amplo da maconha e de opiáceos. Os opiáceos são mais arriscados do que a maconha, e as mortes por overdose que causam são uma crise mais iminente, de modo que a atenção do público e do governo se concentrou nelas. Logo, a doença mental e a violência que se seguem ao consumo de maconha acabam por ser não difundidos ou intencionalmente ignorados.

Os defensores da maconha argumentam que a droga não poderia ser tão neurotóxica porque os países deveriam ter observado um aumento da psicose na população; mas na realidade o rastreamento dos casos de psicose é quase impossível nos EUA. O governo americano rastreia com muito cuidado doenças como o câncer, mas o mesmo cuidado não existe para rastrear esquizofrenia ou outras doenças mentais graves.

Pesquisas da Finlândia e Dinamarca, países que rastreiam a doença mental com maior precisão, mostram aumento significativo de psicoses desde 2000, após o aumento no consumo de maconha. 

Resumo/Versão de artigo do THE WALL STREET JOURNAL (04/01/2019),

Sr. Alex Berenson (ex-repórter do New York Times, adaptado de seu livro, “Conte a seus filhos: a verdade sobre a maconha, doenças mentais e violência”).

 Link para materia original:https://on.wsj.com/2RTxx1T


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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