Ecstasy’ (3,4 Metilenodioximetanafetamina, MDMA): Uma droga velha e um problema novo ?
‘Ecstasy’ (3,4 Metilenodioximetanafetamina, MDMA): Uma droga velha e um problema novo ?
O uso recreacional da 3,4 Metilenodioximetanafetamina, MDMA (‘Ecstasy’) tem sido referido por alguns pacientes em tratamento para dependência de drogas em São Paulo. Outros países como os EUA, Inglaterra e Australia também tiveram um aumento do consumo desta droga o que propiciou um grande debate a respeito da natureza desta substância. Embora o MDMA seja uma droga relativamente velha, pois foi sintetizada em 1914, o seu uso recreacional só foi identificado na ultima década, diferente de outras drogas similares como as anfetaminas e o LSD. Devido a este uso recente muitos profissionais de saúde podem não estar familiarizados com os reais riscos desta droga, por exemplo podem não saber que as pesquisas recentes mostraram sérios riscos em termos de saúde, inclusive que o MDMA seria uma potente toxina dos neuronios serotoninérgicos no cérebro de animais.
Aparentemente o MDMA segue o curso histórico de muitas outras drogas, começa com uma experimentação por um grupo de indivíduos que segue um debate na midia onde existe uma representação de uma droga segura que seria mais uma panacéia para vários males emocionais e progressivamente descobre-se uma série enorme de riscos para a saúde. O objetivo desta revisão é: 1) traçar um histórico do MDMA nos países onde ela tem sido mais usada; 2) discutir os principais efeitos químicos, farmacológicos, toxicológicos; 3) discutir os possíveis efeitos adversos do MDMA em humanos; 4) discutir o perfil de uso em outros países e os possíveis padrões de uso no nosso meio; 5) objetivo final será também de antecipar políticas que pudessem minimizar as futuras consequências desta droga e principalmente fornecer informações aos profissionais de saúde que possam ter contacto com a mídia dos riscos reais desta droga.