É assim que o seu pulmão fica após fumar 20 cigarros
Exame.com – Nicolas Gunkel
São Paulo – Você já parou para pensar quanto tempo de vida uma pessoa perde quando fuma um cigarro? Segundo um estudo publicado na U.S. National Institutes of Health’s National Library of Medicine (NIH/NLM), a resposta é aproximadamente 11 minutos.
Apesar de ser obviamente grosseira, a conta realizada pelos pesquisadores segue uma lógica interessante. Partindo do pressuposto de que o fumante médio consome cerca de 3 quartos de um maço por dia, ele comprará cerca de 5,7 mil cigarros por ano.
Como o usuário normalmente começa a fumar com 17 anos e a expectativa média de vida no planeta (à época da pesquisa) era de 71 anos, chega-se ao impressionante número de 311 mil cigarros fumados ao longo de 57 anos. Acompanhou até aqui?
Pois bem, assumindo que o fumante médio morre, em média, 6,5 anos mais cedo do que o não fumante, isso significa que sua vida será 3,4 milhões de minutos mais curta.
Agora, basta dividir esse tempo (3,4 mi) pela quantidade de cigarros fumados durante a vida (311 mil), o que nos leva aos 11 minutos citados anteriormente.
Para as pessoas que preferem visualizar a questão com mais clareza, um vídeo produzido recentemente pela organização anti-tabagista MEDInspiration mostra como um par de pulmões humanos fica após o consumo de 20 cigarros, isto é, aproximadamente um maço.
No começo da produção, os médicos mostram dois órgãos saudáveis dentro de uma caixa absorvendo a fumaça de um cigarro por meio de um tubo. O mesmo procedimento é, então, repetido 20 vezes.
Para dar algum parâmetro ao espectador, um médico mostra uma traqueia saudável, totalmente branca. Por último, ele recorta a traqueia dos pulmões que sofreram a exposição à fumaça para que elas possam ser comparadas. Como você pode ver, o resultado é impressionante.
A OMS estima que 5 milhões de pessoas morram por ano em decorrência de doenças causadas pelo cigarro, número que deve aumentar para 10 milhões até 2020. Segundo o Instituto do Câncer, o fumo faz 200 mil vítimas por ano apenas no Brasil.