Número de internações involuntárias no Recomeço dobra
Jornal O Estado de S.Paulo
Programa estadual levou 842 pessoas a clínicas em 2016, ante 435 em 2013, ano em que foi criado
Fabiana Cambricoli, O Estado de S.Paulo
Foto: ARI FERREIRA | ESTADAO CONTEUDO
O número de internações involuntárias feitas na Cracolândia dobrou nos últimos três anos, segundo dados inéditos do Programa Recomeço, da Secretaria Estadual da Saúde. Procedimento feito contra a vontade do paciente, mas a pedido da família, esse tipo de hospitalização levou 842 pessoas a clínicas em 2016, ante 435 em 2013, quando o Recomeço foi iniciado.
Para ser realizada, a internação involuntária exige, além da autorização familiar, laudo médico atestando a necessidade do tratamento. Já nos casos de internação compulsória, o tratamento é determinado pela Justiça após parecer médico.
Apesar do crescimento das internações involuntárias, a maioria dos pacientes da Cracolândia que vai para reabilitação o faz por vontade própria. No ano passado foram 2.080 internações voluntárias. Ao longo dos quatro anos de existência do programa Recomeço, 8.904 pessoas foram internadas por vontade própria, 2.580, involuntariamente e 23, compulsoriamente.