Medida incentivada no Brasil por ONG estrangeira é fachada para estimular uso de drogas
A redução de danos é uma abordagem que, em vez de impedir o consumo de drogas, argumenta que é preciso fornecer condições para o “uso seguro” de entorpecentes, de forma a evitar overdoses ou a transmissão de doenças. No Brasil, a posse de entorpecentes é ilegal, assim como qualquer iniciativa que incentive o consumo de drogas. A abordagem da redução de danos, portanto, não é aplicável.
O médico e professor Ronaldo Laranjeira, que tem quatro décadas de experiência lidando com o assunto e é coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), da UNIFESP, também se opõe a essa política. Para ele, a abordagem é ideológica e se baseia na premissa equivocada de que é impossível impedir que as pessoas usem drogas. Laranjeira diz que a política de redução de danos chegou a ser adotada na Inglaterra, com resultados muito ruins: apenas 4% das pessoas que passaram por essa abordagem deixaram de consumir drogas, e não está claro se o programa ajudou a salvar vidas ao fornecer material para o “uso seguro” de entorpecentes.