Maconha e o primeiro surto psicótico
Symptomatology and neurocognition among first-episode psychosis patients with and without cannabis use in the three months prior to first hospitalization
As taxas de transtornos por uso de substâncias são mais altas entre indivíduos com esquizofrenia do que na população em geral, e a cannabis é a substância ilícita mais comumente usada (Volkow, 2009; Ramsay Wan e Compton, 2016). A relação entre o uso de cannabis e psicose é reconhecida há muito tempo e tem sido um tópico de considerável pesquisa e debate (Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, 2017; Moore et al., 2007; Large et al., 2011; Zammit et al., 2008). A evidência de uma conexão potencial foi às vezes exagerada (por exemplo, na era da propaganda “Reefer Madness” e, mais recentemente, com a publicação do livro de Berenson (2019)) e outras vezes negada (por exemplo, por muitos defensores da a legalização da cannabis medicinal ou recreativa). No entanto, os resultados de vários estudos apontam para o uso de cannabis como uma causa componente da esquizofrenia (ou seja, um dos vários fatores que contribuem para o desenvolvimento de um transtorno quando combinado com outras causas) (Ramsay Wan e Compton, 2016). De fato, embora a relação seja complexa e possa ser multidirecional, pesquisas abundantes documentam uma associação forte e consistente entre o uso de cannabis pré-mórbida e o desenvolvimento subsequente de psicose e transtornos psicóticos (National Academy of Sciences, 2017; Hasan et al., 2020).
Veja o estudo completo em inglês – http://bit.ly/3sDAGCn