Drogas – não dá para ficar em cima do muro
A política transformou-se num espetáculo. A discussão das ideias sucumbiu às interdições da ditadura politicamente correta. Temas relevantes para o futuro da sociedade primam pela ausência. Não se apoiou o projeto para a segurança pública do ministro Sergio Moro, não obstante a surpreendente desenvoltura das facções criminosas. Assistimos, todos, ao jogo do marketing político. Enquanto isso, caro leitor, a violência avança impune e o seu principal estopim, o mercado das drogas, continua fora da agenda pública.
No mercado da cocaína o Brasil exerce triste liderança. O País é hoje o maior espaço consumidor da droga na América do Sul e, provavelmente, o segundo maior nas Américas. Cresce em progressão geométrica a demanda doméstica. Ademais, somos hoje um importante corredor de distribuição mundial. As consequências dessa assustadora escalada podem ser comprovadas nos boletins de ocorrência de qualquer delegacia de polícia. De fato, o tráfico e o consumo de drogas estão na raiz dos roubos, das rebeliões nos presídios e da imensa maioria dos homicídios.
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