A maconha medicinal e a defesa da legalização: comprando gato por lebre
O que parece ser um dilema – malefícios da maconha e suas propriedades medicinais – é perfeitamente explicado a partir da constatação de que é diferente isolar um determinado princípio ativo com propriedades medicinais, para o tratamento de enfermidades, de simplesmente fumar a erva em sua forma crua, ou mesmo comê-la em doces, bolos ou congêneres.
Na primeira situação, apenas o princípio ativo pretendido é consumido pelo usuário, em doses calculadas, enquanto no segundo é entregue o “pacote completo”, com os riscos dos efeitos deletérios já citados. Didaticamente, defender a legalização ampla da maconha, sob o argumento da finalidade medicinal, seria o mesmo que defender a legalização do ópio para viabilizar o uso medicinal da morfina. “Uma coisa é uma coisa; outra coisa, é outra coisa”, já diria o provérbio. Não há qualquer cabimento!