O Supremo deveria descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal? NÃO
Não precisamos de mais uma preocupação à saúde mental no país, já sob risco
Antônio Geraldo da Silva
Médico psiquiatra, é presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal)
A Cannabis não pode ser considerada um produto qualquer. Seu consumo, por quaisquer que sejam os meios, vai além do indivíduo e pode atingir toda a sociedade. Sua descriminalização, caso aprovada, levaria à percepção social de que o consumo da droga está liberado.
Tal pressuposto criaria um paradoxo de que, mesmo com a venda proibida, o uso da Cannabis estaria autorizado, impactando diretamente o acesso à substância por crianças e adolescentes. Além disso, é ingênuo acreditar que, com a descriminalização, haverá o enfraquecimento do mercado paralelo comandado pelo tráfico —há ainda o risco de que o aumento do consumo venha acompanhado do crescimento dos índices de violência.
Veja mais em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/10/o-supremo-deveria-descriminalizar-o-porte-de-drogas-para-uso-pessoal-nao.shtml