“ACOLHIMENTO E TRATAMENTO DE USUÁRIO ALCOOLISTA, EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO(P.A), EM PSIQUIATRIA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT NA VISÃO DO ENFERMEIRO”
1) INTRODUÇÃO:
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o dano social provocado pelo consumo de drogas no Brasil equivale a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A ingestão excessiva de álcool configura uma questão problemática. No Brasil, estudos têm mostrado que a taxa de prevalência de alcoolismo varia entre 3,0% e 6,0% na população geral é considerado o terceiro motivo para o absenteísmo no trabalho, com elevadas taxas de aposentadorias precoces, acidentes de trabalho e de trânsito, responsável por proporção considerável de ocupação leitos hospitalares, segundo, (Souza, D.P.et al2005, apud O.Almeida LM, Coutinho ESF, 1993).
Diversos campos do saber científico adotam diferentes definições dos termos “uso”, “abuso” e “dependência de álcool”. A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) define “uso” como qualquer consumo, independente da freqüência; “abuso”, um consumo associado a conseqüências adversas recorrentes, porém não caracterizando “dependência”. Esta última manifesta-se quando o uso de uma substância passa a caracterizar um estado disfuncional.
A Declaração de Caracas (OMS, 1990), marco dos processos de reforma da assistência em Saúde Mental nas Américas vinculou a atenção psiquiátrica à atenção primária de saúde, permitindo a promoção de modelos alternativos centrados na comunidade e nas redes sociais. Reconhecendo a necessidade de superar o atraso histórico relacionado às políticas públicas de enfrentamento dos problemas de saúde decorrentes do uso de drogas e álcool, o Ministério da Saúde (MS, 2002), definiu uma Política para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Atualmente esta política é o marco no campo das ações que garantem a oferta de serviços tanto aos portadores de transtornos mentais quanto aos indivíduos com problemas que envolvem o álcool e outras drogas. A política em questão possui como diretrizes: a atenção integral à saúde de consumidores de álcool e outras drogas (prevenção; promoção e proteção); modelos de atenção psicossocial, estes Centros de Atenção Psicossocial foram criados como alternativa ao hospital psiquiátrico
e regulamentados pela Portaria 336/2002 (que os classifica, por ordem crescente de orte/complexidade e abrangência populacional, em CAPS I, II, II, i – infantil – e AD). 1 A Portaria define os recursos humanos do CAPS, entre os quais um enfermeiro no CAPS nível I e infantil e um enfermeiro com formação em Saúde Mental nos CAPS II, III e AD, (MS, 2002).
E suas redes assistenciais; controle de entorpecentes e substâncias que produzem dependência física ou psíquica; e padronização de serviços de atenção à dependência química. (M.S. BR, 2004).
Para (Vargas, D.et al, 2006, apud Sowa PA, Cutter HS, 1974), o enfermeiro é um dos profissionais mais adequados ao tratamento das doenças mentais e particularmente o alcoolismo, sendo que suas atitudes têm um grande impacto na relação com o paciente e conseqüentemente nos resultados do tratamento. Esse autor refere que, por ser o enfermeiro o profissional que tem o maior contato com o paciente alcoolista durante a internação, o relacionamento entre eles deve favorecer a construção de um ambiente que possa influenciar a decisão do paciente em facilitar o tratamento.
A percepção que o enfermeiro tem do paciente é o principal determinante da qualidade, bem como da quantidade do cuidado de enfermagem que será prestado. Quando o enfermeiro possui uma atitude negativa, o paciente pode, em contrapartida, desenvolver uma postura hostil ou contra-terapêutica, (Vargas, D.et al, 2006, apudTravelbee J. 1971).
Pillon SC et al, (1997) revela, no entanto, que apesar da crescente demanda de dependentes do álcool nos hospitais, nem sempre o enfermeiro encontra-se preparado para atuar frente a essa problemática. Talvez não seja tarefa fácil para os enfermeiros generalistas compreenderem alguns aspectos que envolvem o alcoolismo, principalmente, porque pouca atenção tem sido dada à questão do abuso de álcool na formação desses profissionais (Pillon SC et al, 2003).
Concomitantemente com a dificuldade em compreender o alcoolismo em suas várias dimensões, associa-se o fato de o alcoolismo constituir-se em uma doença estigmatizada pela sociedade, podendo essa questão também influenciar nas atitudes do enfermeiro que direciona os cuidados ao pacientes alcoolistas. Sendo assim, uma análise das atitudes desses profissionais é necessária, uma vez que essas atitudes poderão interferir no relacionamento e tratamento do alcoolista.
2) Justificativa:
Destaca-se que o profissional de enfermagem é agente-chave no processo da transformação social, participando no desenho e na implantação de programas e projetos de promoção de saúde, prevenção do uso e abuso de álcool e outras drogas e integração social.
Diante do avanço e do crescimento no consumo de álcool no Brasil o Ministério da Saúde, (2008) decidiu atuar emergencialmente para controlar um cenário epidemiológico em expansão do consumo de drogas, como álcool, crack, solventes e cocaína (pasta base, crack e merla), inalantes drogas sintéticas, entre outras. Apesar disso, a droga mais difundida no mundo ainda continua sendo o álcool. No Brasil, o consumo abusivo demonstra tendência de crescimento.
É o que apontou a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2008), realizada por amostragem com 54 mil pessoas residentes nas capitais dos estados e no Distrito Federal. Em 2008, 19% dos entrevistados declararam ter consumido álcool de forma abusiva em algum tipo de situação nos últimos 30 dias. Em 2007, haviam sido 17,5%, e em 2006, o primeiro ano do Vigitel, foram 16,1%. O consumo é mais freqüente nas faixas etárias mais jovens, conforme demonstrou a pesquisa. (Brasil.M.S. (2008).
Entendemos que o enfermeiro, desde que capacitado, pode contribuir efetivamente com a sua prática nessa área de grande relevância social. Pois possuindo conhecimento dos modelos explicativos existentes, tendo compreensão dos malefícios ligados a temática e consciência da importância do papel exercido na sociedade, seja como trabalhador no setor como educador ou parte da sociedade, tendo como parte do sacerdócio da profissão a disseminação das informações que proporcione ao individuo qualidade de vida e equilíbrio nas eco-relações e no seu habitat natural.
3) OBJETIVOS:
3.1 OBJETIVOS GERAIS:
– Analisar as ações desenvolvidas pelo enfermeiro junto a usuários de álcool em um serviço de Pronto atendimento – P.A, de urgência e emergência psiquiátrica no município de Cuiabá/MT.
3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS:
– Caracterizar os pacientes alcoolistas atendidos no serviço de emergência psiquiátrica (procedência, idade, sexo, diagnóstico, encaminhamentos de alta e tipo de internação).
– Descrever a assistência de enfermagem direcionadas para a recuperação orgânica e psíquica do paciente usuários de álcool.
– Relatar a experiência acadêmica junto a pacientes que foram submetidos a tratamento e atendimento no serviço de emergência psiquiátrica
– Descrever a inter-relação alcoolismo e intervenções na família do dependente e a importância desta relação.
– Identificar os instrumentos e condutas de trabalho utilizados durante o atendimento a alcoolistas, nos estados de intoxicação aguda e/ou surto psicótico induzido por uso abusivo de álcool.
4) METODOLOGIA:
O presente projeto de pesquisa, ira se realizar em um pronto socorro de urgência e emergência psiquiátrica, nas dependências do hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, de iniciativa pública, localizado na cidade de Cuiabá no estado de Mato Grosso a abordagem escolhida para orientar este estudo é a qualitativa descritiva, e seus desenvolvimento se dará através de observação participante, que segundo Minayo (1993) é realizada através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seu próprio ambiente de atuação.
Minayo (1993, p. 134) afirma que a observação participante é de tal importância que alguns estudiosos a tomam não apenas como uma estratégia no conjunto da investigação, mas como “um método em si mesmo, para a compreensão da realidade”. O observador está em relação face a face com os observados e, ao participar da vida deles, colhe dados. Assim, o observador é parte do contexto sob observação, “ao mesmo tempo modificando e sendo modificado por este contexto” (MINAYO, 1993, 135).
Para Minayo 2003, (p.16/18) “A pesquisa qualitativa é o caminho do pensamento a ser seguido ocupa um lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser adotada para construir uma realidade. A pesquisa é assim, a atividade básica da ciência na sua construção da realidade. A pesquisa qualitativa, no entanto, trata-se de uma atividade da ciência, que visa à construção da realidade, mas que se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados e outros construtos profundos das relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.
Na mesma perspectiva, Godoy, 1995, afirma que a prática da etnografia na pesquisa qualitativa requer que sejam conjugados níveis de análise dos dados de campo, tanto os simples e informais, como outros que podem mesmo incluir uma sofisticação estatística. Para Godoy, “a análise dos dados de campo deve permitir que o pesquisador verifique a pertinência das questões previamente selecionadas e das percepções que gradativamente vão refinando com o propósito não apenas de descrever, mas, de construir novas explicações e interpretações teóricas sobre o que está acontecendo no grupo social em estudo” (Godoy, 1995, p.29).
Ainda, Godoy, 1995, (p.58) explicita algumas características principais de uma pesquisa qualitativa, “considera o ambiente como fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave, o processo é o foco principal de abordagem e não o resultado ou o produto.” A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. Afirma ainda que “a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental, a pesquisa qualitativa é descritiva, o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida é a preocupação essencial do investigador, pesquisadores utilizam o enfoque indutivo na análise de seus dados”. (Godoy, 1995, p.62/63).
Segundo Lakatos e Marconi 1987, (p.15). “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento técnico ou científico, e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdade parciais”. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade, mas descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas levantados, por meio do emprego de métodos científicos.
Segundo Oliveira, 2004, (p.117), ressalta que a abordagem qualitativa é utilizada, porque possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. O mesmo autor afirma que abordagem qualitativa, difere do quantitativo pelo o fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. A diferença está no fato de que o método qualitativo não tem a pretensão de numerar ou medir unidades de características homogêneas OLIVEIRA, 2002, (p.116).
Como forma de entendimento e registro das características do contexto pesquisado, utilizar-se-á o método descritivo e, que tem como principal objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 1999).
A observação participante é a técnica de captação de dados menos estruturada que é utilizada nas ciências sociais, pois não supõe qualquer instrumento específico que direcione a observação. Dessa forma, uma das limitações presentes pode ser o fato de que a responsabilidade e o sucesso pela utilização dessa técnica recaem quase que inteiramente sobre o observador. Outra limitação constitui-se na relação observador/observado e na capacidade de percepção do primeiro, que pode ser alterada em decorrência de seu envolvimento no meio (HAGUETTE, 1995).
A fase de exploração de campo, desenvolvida com base em Minayo (1993), constitui-se de atividades direcionadas para a identificação do espaço e dos sujeitos da pesquisa, estabelecimento dos critérios de amostragem e da estratégia de entrada de campo. A coleta dos dados foi desenvolvida diretamente nas unidades Pronto atendimento de urgência e emergências psiquiátricas, uma unidade do CAPSI no município de Cuiabá – MT. Os sujeitos diretamente e foco principal desta pesquisa serão, o enfermeiro responsável destas unidades nos turnos da noite e a demanda de consumidos compulsivos de álcool (alcoólatras). A coleta será feita por observação direta do pesquisador, acompanhando o enfermeiro durante suas atividades. Utilizaremos a observação e participação no cotidiano do atendimento da unidade P.A (pronto atendimento). A unidade onde será realizada a pesquisa localiza-se no andar térreo do prédio, o pronto atendimento possui 14 leitos. Apresenta um posto de enfermagem que se localiza no corredor central da unidade, uma sala de recepção e um consultório, uma sala de procedimentos, uma sala de reunião e uma sala de repouso com banheiro. As enfermarias estão divididas em uma duas alas de internação provisórias, sendo uma masculina e uma feminina, dois banheiros para uso dos pacientes sendo um em cada quarto.
Esta busca de dados será realizada sempre nos turnos da noite, em plantões pré-definidos por escala de serviço da enfermeira, no mês de outubro/novembro de 2009, A escolha por estes turnos se deu em virtude da presença do profissional enfermeiro como responsável do setor, ser o tutor do grupo que hora estagiava no local. No período noturno o pronto atendimento P.A. conta com 01 enfermeiro, sua maior demanda é de urgência, emergência sendo ainda o enfermeiro responsável pela supervisão geral da unidade, quanto à administração e controle.
5) REVISÃO DE LITERATURA:
Existem registros de consumo de álcool desde a Antigüidade. Embora o uso excessivo tenha efeitos prejudiciais aos seres humanos, o álcool é também usado como facilitador de relações, e seu uso em eventos sociais é amplamente aceito pela sociedade. Um estudo epidemiológico realizado por Galduróz e Caetano (2004), no Brasil, obteve prevalência de 11,2% de dependentes de álcool, sendo 17,1% entre os homens e 5,7% entre as mulheres.
Segundo a Organização Nações Unidas (ONU, 2005) o uso abusivo de drogas é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que 185 milhões de pessoas acima de quinze anos já consumiram drogas ilícitas, ou seja, 4,75% da população mundial.
Para Spricigo JS, et al.(2004), o Brasil está dentro da perigosa média mundial em relação ao número de usuários de drogas ilícitas. Cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independente da idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo, cenário que encontra equivalência no Brasil.
Conforme Galduróz JF et al (1997), no Brasil, o álcool é responsável por mais de 90% das internações hospitalares por dependência, além de aparecer em cerca de 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas. Estima-se que 15% da população brasileira são dependente do álcool, sendo uma das drogas que mais danos trazem a sociedade, principalmente por ser uma droga de fácil acesso e baixo custo (Almeida F.ºN et al, 1992).
Para (Laranjeira, R.2000, et al), a avaliação inicial de um paciente que refere uso crônico de álcool deve ser muito cuidadosa e detalhada. A partir dessa investigação criteriosa é possível que se determine o nível de comprometimento no momento da intervenção, os problemas relacionados a esse uso e à presença ou não de complicações e comorbidades associadas.
Para (Brown, Tapert, & Brown, 2001; Zlotnick & Agnew, 1997) O uso crônico de álcool é freqüentemente associado a prejuízos nas áreas motora e cognitiva, assim como, têm-se demonstrado que este uso provoca alterações no desempenho de determinadas funções
A redução ou a interrupção do uso do álcool em pacientes dependentes produz um conjunto bem definido de sintomas chamado de síndrome de abstinência. Embora alguns pacientes possam experimentar sintomas leves, existem aqueles que podem desenvolver sintomas e complicações mais graves, levando-os até a morte. O quadro se inicia após 6 horas da diminuição ou da interrupção do uso do álcool, quando aparecem os primeiros sintomas e sinais. São eles: tremores, ansiedade, insônia, náuseas e inquietação. Sintomas mais severos ocorrem em aproximadamente 10%dos pacientes e incluem febre baixa, taquipnéia, tremores e sudorese profusa, em cerca de 5% dos pacientes não tratados, conforme (Laranjeira, R.2000, et al).
Segundo, (Laranjeira, R.2000, et al), Um conjunto de sintomas, de agrupamento e gravidade variáveis, ocorrendo em abstinência absoluta ou relativa do álcool, após uso repetido e usualmente prolongado e/ou uso de altas doses. O início e o curso do estado de abstinência são limitados no tempo e relacionados à dose de álcool consumida imediatamente antes da parada e da redução do consumo.
Conforme, (Laranjeira, R.2000, et al) a síndrome de abstinência pode ser complicada com o aparecimento de convulsões. Os sintomas mais freqüentes são: hiperatividade autonômica; tremores; insônia; alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias; agitação psicomotora; ansiedade; e convulsões tipo grande mal. O diagnóstico médico pode ainda ser mais especificado, utilizando-se os seguintes códigos:
F 10.30: Síndrome de abstinência não complicada;
F 10.31: Síndrome de abstinência com convulsões.
A SAA evolui com maior ou menor gravidade e pode ser complicada por delirium tremens, descrito a seguir de acordo com os critérios da CID – 10. Alguns fatores estão associados a uma evolução mais grave, e funcionam como preditores de gravidade da SAA, tais como: história anterior de síndrome de abstinência grave (repetidas desintoxicações); alcoolemia alta sem sinais clínicos de intoxicação; sintomas de abstinência com alcoolemia alta; uso de tranqüilizantes e hipnóticos; e associação de problemas clínicos e psiquiátricos, (Laranjeira, R.2000, et al).
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma (Cebrid-Unifesp, 2009).
A Declaração de Caracas (OMS, 1990), foi um marco dos processos de reforma da assistência em Saúde Mental nas Américas vinculou a atenção psiquiátrica à atenção primária de saúde, permitindo a promoção de modelos alternativos centrados na comunidade e nas redes sociais. Reconhecendo a necessidade de superar o atraso histórico relacionado às políticas públicas de enfrentamento dos problemas de saúde decorrentes do uso de drogas e álcool, o Ministério da Saúde definiu uma Política para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Atualmente esta política é o marco no campo das ações que garantem a oferta de serviços tanto aos portadores de transtornos mentais quanto aos indivíduos com problemas que envolvem o álcool e outras drogas.
Para MS, BR (2004), a política em questão possui como diretrizes: a atenção integral à saúde de consumidores de álcool e outras drogas (prevenção; promoção e proteção); modelos de atenção psicossocial, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e redes assistenciais; controle de entorpecentes e substâncias que produzem dependência física ou psíquica; e padronização de serviços de atenção à dependência química.
É somente em 2002, e em concordância com as recomendações da III Conferência Nacional de Saúde Mental, que o Ministério da Saúde passa a implementar o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada aos Usuários de Álcool e outras Drogas, reconhecendo o problema do uso prejudicial de substâncias como importante problema da saúde pública e construindo uma política pública específica para a atenção às pessoas que fazem uso de álcool ou outras drogas, situada no campo da saúde mental, e tendo como estratégia a ampliação do acesso ao tratamento, a compreensão integral e dinâmica do problema, a promoção dos direitos e a abordagem de redução de danos (MS, 2004).
Entre estes dispositivos, encontra-se o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPS ad) que surge, com esta denominação, a partir do ano de 2002, com a Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002, para aquelas pessoas que enfrentam o problema do uso de álcool e de outras drogas, ofertando atendimento diário a essa população (D.O.U. 2002).
De fato, a constatação de que o uso de substâncias tomou proporção de grave problema de saúde pública no país encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre o consumo e os agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. O enfrentamento desta problemática constitui uma demanda mundial: de acordo com a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem de modo prejudicial substâncias psicoativas, independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo (ONU, 2005). Em especial, o uso do álcool impõe ao Brasil e às sociedades de todos os países uma carga global de agravos indesejáveis e extremamente dispendiosos, que acometem os indivíduos em todas os domínios de sua vida. A magnitude e complexidade do quadro epidemiológico recomendam uma gama extensa de respostas políticas para o enfrentamento dos problemas decorrentes do consumo (MS, 2004).
Não existe apenas um modelo a seguir para o planejamento de cuidados da enfermagem na área da dependência química. Essa prática muitas vezes tem emergido, alternada e direcionada, de acordo com as necessidades de repostas aos problemas de saúde das populações, pois está diretamente ligada ao sistema de saúde e centrada nos cuidados gerais de saúde (Pillon SCet al.2004).
Segundo (DINIZ, S.A et al, 1996, apud, PARETTE et al.1990), dado o importante papel que os enfermeiros têm desempenhado historicamente na educação em saúde, podemos antecipar que o papel dos profissionais de enfermagem, na educação sobre alcoolismo e com relação a estratégias de intervenção, tomar-se-á sempre mais marcante em resposta à necessidade da sociedade para tais serviços.
Conforme, (Gil-Merlos AS, 1985), o enfermeiro é um profissional capacitado a atuar com esse paciente, tendo em vista que tem a vantagem de poder assistir o paciente de forma mais ampla e em várias situações acompanhando, aconselhando e ajudando o paciente a atingir a estabilidade, além disso, é o profissional que se encontra em uma das posições mais privilegiadas para entender os sentimentos dos pacientes, segundo diferenças sociais, culturais e individuais.
Para (DINIZ, S.A etal, 1996, apud, TRAVELBEE, 1982) o enfermeiro pode descobrir que a empatia é seu instrumento mais valioso ao comunicar-se com seus pacientes. Pode alcançá-la concentrando-se em si mesmo e estudando suas próprias experiências. O enfermeiro que quer aumentar a empatia deve estudar também às reações que provoca em outras pessoas. O sistema consiste em estudar-se a si mesmo no laboratório do próprio ser, estudar as reações daqueles com quem se comunica e reunir estes dados numa nova síntese. Este método é parte integral da relação enfermeiro-paciente.
Segundo, Pillon S.C. et al.(2004) há de se salientar que os modelos são tentativas teóricas para explicar um fenômeno complexo e multifacetado que é o uso de álcool e drogas. Por isso, a assistência ao usuário é uma prática complexa e, freqüentemente, o profissional pode avaliar seu cliente sob o olhar de mais de um modelo ao mesmo tempo: o moral, quando ele “não ouve” seus conselhos, o médico, quando executa procedimentos terapêuticos; o social, quando não identifica a retaguarda necessária para a reintegração social.
5.1 REFERENCIAL TEÓRICO.
A Saúde na perspectiva da Integralidade e Complexidade, é tornar o mundo real discreto aos olhos de quem nele vive, é considerar as crescentes variáveis que emergem do senso comum, a multidimensional idade que perpassa essa compreensão. (Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
A qualidade de vida sob o olhar da integralidade compressa perpassa em compreender como sendo uma condição de existência dos homens, referindo-se ao modo de viver em sociedade, ou seja, dentro dos limites que são posto em cada momento histórico de se viver o cotidiano. No ir e vir dos nossos prazeres, das nossas alegrias dos nossos planos. (Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
A qualidade de vida é celebrada quando a maioria das pessoas se sente bem em relação as suas perspectivas individuais e coletivas. .(Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
Neste contexto, para que possamos intervir positivamente no processo saúde-doença é necessário que conheçamos as condições de vida da população. Na contemporaneidade, a Saúde se apresenta na forma de viver em sociedade, e compreendê-la perpassa pelo que as pessoas vivenciam e experiência, o que seja um viver saudável. Portanto, entender a saúde na contemporaneidade perpassa pela compreensão do Viver Saudável presente nas relações cotidianas, no viver junto, no estar junto. (Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
Deste modo, compreender o ser humano e o viver saudável pressupõe compreender o homem em todas as suas dimensões, na perspectivas da ética e estética no seu habitat natural/cultural, objetivando uma assistência com qualidade. É necessário, então conhecer as dimensões que envolvem o individuo para compreender o viver saudável, para isso é essencial (re) ligar os saberes, para direcionar e sustentar a práxis de enfermagem propondo ações pertinentes nas diferentes situações do cotidiano. .(Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
Sendo assim, compreender o viver saudável das pessoas perpassa pela compreensão da Multidimensionalidade do Ser, que vai além da dimensão biológica, considerando também a dimensão social, ecológica, antropológica do homem em seu habitat natural/cultural. .(Gonçalves Estudo Dirigido Ciclo III)
Compreender o Homem em seu habitat natural/cultural, em sua essência de Ser e Estar, assim como as relações que o envolvem, em diversas situações e as formas em que se apresenta e (re) presenta no quotidiano é o caminho para atingir a qualidade de vida no ser saudável.
Para Gonçalves (2000) compreender a saúde, o viver e ser saudável pela compreensão que as pessoas têm em relação ao seu corpo. Este aqui não é considerado apenas como um agregado de células, mas considerado nas relações a natureza e na capacidade de criar e (re)criar-se através da saúde.
Nesse contexto, Gonçalves (2000), compreende que o ser humano é multidimensional, que tem um corpo, nosso habitat natural/cultural considerando como um ecossistema humano, onde as relações acontecem no cotidiano das pessoas, onde são evidenciadas as eco-relações.
Em toda sociedade o corpo humano tem uma realidade social e uma realidade física.Portanto, o corpo humano é mais do que um organismo físico/biológico oscilando entre a saúde e a doença é também um conjunto de crenças e significados.(Gonçalves,2000)
Ainda segundo Gonçalves,(2000),Observação na Integralidade Complexa implica em exigência de interação entre campos teóricos, disciplinares e paradigmáticos diferentes, desenvolvendo- se de tal forma a sustentabilidazar a integralidade complexa,do saber cientifico e do senso comum.
É observar/compreender o homem em sua essência, como vive, como mora, como come, como se informa e forma seus valores em que acredita, estabelecendo a relação de qualidade de vida.
Conforme a autora É necessário conhecer as dimensões que envolvem o individuo para observar/compreender a sua necessidade de saúde, (re) ligando os saberes, para direcionar e sustentar a sua práxis propondo ações de enfermagem pertinentes na diferentes situações do cotidiano (Gonçalves ,2000).
5.2- TIPO DE ESTUDO:
Trata de um estudo descritivo do tipo estudo de campo, sob a ótica da observação participante que para, MINAYO, (1993, 135). É de tal importância que alguns estudiosos a tomam não apenas como uma estratégia no conjunto da investigação, mas como “um método em si mesmo, para a compreensão da realidade”. O observador está em relação face a face com os observados e, ao participar da vida deles, colhe dados. Assim, o observador é parte do contexto sob observação, “ao mesmo tempo modificando e sendo modificado por este contexto”.
Para Ventura (2002, p. 79), a pesquisa de campo deve merecer grande atenção, pois devem ser indicados os critérios de escolha da amostragem (das pessoas que serão escolhidas como exemplares de certa situação), a forma pela qual serão coletados os dados e os critérios de análise dos dados obtidos.
5.3-LOCAL E PROPOSTA DE ESTUDO:
Esta pesquisa será realizada na unidade de Atendimento de urgência e emergência Psiquiátrica do Hospital Adauto Botelho- Cuiabá –Mato Grosso. Tendo como proposta do estudo a analise do atendimento prestado pela equipe de enfermagem, focada na figura do enfermeiro, ao usuário portador de transtornos mentais, sendo objetos deste estudo o individuo alcoolista e a forma de acolhimento e tratamento no P.A.
5.4-INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS:
Os instrumentos de coleta de dados serão: os Prontuários, os livros de registro do PA; o Diário de Campo onde serão anotados dados referentes à Observação Participante e Roteiro de entrevista do enfermeiro com o usuário e livros, artigos, pesquisa com sistema de busca internet.
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5.5-COLETA DE DADOS
A coleta de dados será realizada pelo pesquisador de anotações e participações autorizada previamente pelo usuário em atendimento na unidade, através de coletados dados dos prontuários e dos livros de registro de atendimento do PA; em entrevista com a enfermeira responsável pelo plantão noturno da unidade de atendimento de urgência e emergência psiquiátrica do hospital Adauto Botelho.
6) Cronograma:
O presente estudo pretende atender aos prazos propostos.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 2009 2010
ATIVIDADES/PERÍODOS Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
1 Levantamento de Literatura X X X X
2 Comissão de ética X X X X
3 Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X
4 TCC X X X X X X X X X X
5 Coleta de dados X X X X
6 Tratamento dos dados X X
7 Elaboração do Relatório Final X X
8 Entrega do trabalhos e defesa do Projeto X
7) ORÇAMENTO:
Equipamentos:
Microcomputador core/duo.
Impressora jato de tinta HP 1510.
Materiais de consumo
ARTIGOS QUANTID. UNIDADE $ VALOR
CARTUCHO HP 1510 01 54,00 54,00
RESMA DE PAPEL A4 01 14,00 14,00
CADERNO ANOTAÇOES 01 6,00 6,00
CANETAS ESFEROGRAFICAS 06 1,20 7,20
LAPIS PRETO 02 0,70 1,40
O Orçamento é definido com base no custo do material de consumo. R$ 82,60 (oitenta e seis reais e sessenta centavos).O projeto será custeado pelo próprio pesquisador.
8 ) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
1- ALMEIDA F.ºn, MARI JJ, COUTINHO E, FRANÇA JF, FERNANDES JG, ANDREOLI SB, BUSNELLO EDA. Estudo Multicêntrico De Morbidade Psiquiátrica Em Áreas Urbanas. Rev. ABP-APAL 1992; 14:93-104.
2- BERTOLOTE JM. Alcoolismo Hoje. 3ª Ed. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 1997.
3-BRASIL. Portaria N.º 336, De 19 De Fevereiro De 2002. Atualiza Normas Constantes Da Portaria MS/SAS N.º 224, De 29 De Janeiro De 1992 E Estabelece Os Centros De Atenção Psicossocial Nas Modalidades CAPS I, CAPS II E CAPS III, CAPS I II E CAPS Ad II. In: Ministério Da Saúde. Legislação Em Saúde Mental: 1990-2004, 5ª Ed. Brasília: Ministério Da Saúde; 2004,
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