Evento em São Paulo sobre dependência química aborda o Programa Recomeço
Fonte: SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina)
Presidente da SPDM e Diretor Técnico do CRATOD palestraram sobre os métodos e recursos aplicados para a recuperação de dependentes químicos
Aconteceu nesta quinta-feira (9), na Escola de Contas, no Tribunal de Contas do Município de São Paulo, o Workshop sobre Programas de Atendimento à Dependência Química em São Paulo. O evento contou com a presença de Ronaldo Laranjeira, Presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), e de Marcelo Ribeiro, Diretor Técnico do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD).
O objetivo foi apresentar os métodos e recursos disponíveis e aplicados em São Paulo para a promoção, proteção e recuperação da saúde de portadores de dependência química.
Laranjeira abriu o evento falando da importância do Programa Recomeço no contexto de políticas públicas. Destacou como o programa é dinâmico e como é importante aprimorar constantemente tais iniciativas. “Ao longo dos quatro anos, felizmente, fomos mudando as ações do programa. Esse é o princípio das políticas públicas. Primeiro você faz um planejamento, depois avalia e aprimora essas ações”, disse ele.
O presidente abordou também a legalização das drogas e como o assunto está sendo tratado sem uma análise mais profunda por parte de quem o defende. Ele chamou a atenção para o fato de que, ao contrário do que parece, a maioria dos países não está no caminho da legalização, que é preciso ouvir as famílias dos dependentes e fazer prevalecer a vontade da população, e não de uma pequena elite. “A dependência química não é um comportamento individual. Já mostramos em pesquisa que para cada dependente, outras quatro pessoas são afetadas”, disse.
Ao mostrar o depoimento de uma mãe que teve o filho tratado pelo Programa Recomeço, Ronaldo Laranjeira afirmou que o papel do Estado e de programas de saúde como esse é de não desistir das pessoas.
Marcelo Ribeiro falou sobre as ações desenvolvidas pelo CRATOD e pela Unidade Recomeço Helvetia, que vão desde cuidados básicos, como banho, corte de cabelo e até mesmo lavar os pés dos dependentes, até desintoxicação, oferta de moradia e um programa de atenção especial para gestantes.
O auditório da Escola de Contas ficou lotado e ao final do Workshop, os participantes puderam fazer perguntas aos palestrantes.