Álcool e drogas na Clínica Médica
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Álcool e drogas na Clínica Médica
Ronaldo Laranjeira
John Dunn
Marcelo Ribeiro de Araújo
(UNIAD) Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, Departamento de
Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São
Paulo (EPM-UNIFESP)
As complicações relacionadas ao uso de álcool e drogas nas salas de emergências são um fato corrente na atualidade. A difusão, a diversificação e disponibilidade de substâncias psicoativas colocam o médico de plantão frente a quadros clínicos diversos e idiossincráticos, ora isolados, ora combinados, minimizados, exacerbados ou mascarados por outras situações (p.e. uso combinado de substâncias, doenças prévias ou injúrias decorrentes do uso)13.
O usuário de substâncias capazes de alterar os estados da mente está vulnerável a processos infecciosos, alterações metabólicas e acidentes, que por vezes mostram-se mais emergenciais do que a intoxicação ou a síndrome de abstinência per se. Por vezes combina substâncias de ação central semelhantes ou antagônicas, pode estar comprometido nutricionalmente ou suceptível a acidentes e a ambientes violentos. As intoxicações podem servir a propósitos suicidas ou funcionarem como ‘antídotos’ para indivíduos sofrendo de alguma patologia psiquiátrica.
É objetivo desse capítulo apresentar as principais complicações relacionadas às substâncias psicoativas mais comuns em nosso meio, seu quadro clínico, considerações sobre diagnósticos diferenciais e concomitantes, bem como as abordagens terapêuticas mais eficazes no tratamento dessas.