23 de novembro de 2024

Parceria:USP e polícia traçam

12 de dezembro de 20083min21

Ribeirão Preto, Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

CIÊNCIA

USP e polícia firmam parceria para traçar “DNA” das drogas

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma parceria entre o Departamento de Química da USP de Ribeirão Preto e o Instituto de Criminalística, ligado à SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), vai ajudar pesquisadores a descobrir o “DNA” das drogas ilícitas que circulam na região.

No convênio, que deve ser formalizado até meados de 2009, alunos e docentes do curso de química forense da USP utilizarão a estrutura da universidade para realizar exames solicitados pela polícia, alguns que antes só podiam ser feitos em São Paulo e levavam mais de 20 dias para serem concluídos.

Em troca, receberão autorização para usar as amostras de drogas apreendidas como material de pesquisa. Porções de drogas para pesquisa, autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), podem custar até R$ 1.200.
“Fazendo análises dos componentes de cada apreensão de droga, saberemos quantos fornecedores diferentes atuam na região”, afirmou o professor Marcelo Firmino de Oliveira, um dos organizadores do 1º Encontro Nacional de Química Forense, que acontece até amanhã em Ribeirão Preto.

Trabalho semelhante foi concluído em 2005 pelo diretor do Ceap (Centro de Exames Análises e Pesquisas) de SP, Osvaldo Negrini Neto, que detectou cinco fontes de origem da maconha consumida em SP. “É um trabalho a longo prazo, mas, com a estrutura da USP vinculada às informações da polícia, pode ser feito pela primeira vez no interior”, disse Negrini, que desenvolve trabalho para identificar fornecedores de ecstasy.

O curso de química forense da USP, único do Brasil, forma a primeira turma neste ano, o que fez a cidade sediar o encontro, no qual foram expostos 50 trabalhos sobre o uso da química para desvendar crimes.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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