8 de janeiro de 2025

Janeiro Branco: o impacto do ritmo acelerado na saúde mental

6 de janeiro de 20255min62
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*Por Adriana Moraes

No ritmo acelerado do cotidiano, é comum enfrentarmos inúmeros desafios para cumprir responsabilidades profissionais, familiares ou pessoais. Esse excesso de demandas pode gerar pensamentos ansiosos, afetando a saúde mental e, quando não gerenciados adequadamente, levar ao desenvolvimento de transtornos como ansiedade generalizada, síndrome de burnout, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de pânico e até mesmo depressão.

Janeiro Branco, uma campanha dedicada à conscientização sobre a saúde mental, nos convida a refletir sobre como estamos cuidando de nossas emoções e do equilíbrio em nossas vidas. É um momento importante para avaliar o impacto do estresse e da pressão diária no nosso bem-estar psicológico.

A ansiedade, por exemplo, é uma reação natural diante de situações desafiadoras. Contudo, o excesso de ansiedade pode se tornar paralisante, prejudicando o sono, a concentração e as relações interpessoais. Já a síndrome de burnout, caracterizada pelo esgotamento físico e emocional associado ao trabalho, tem se tornado um problema cada vez mais frequente em um mundo que valoriza a produtividade acima de tudo.

A depressão também pode surgir na correria do dia a dia. Uma pessoa que se sente sobrecarregada por demandas constantes pode começar a perceber falta de energia, dificuldade de concentração e desânimo persistente. Atividades prazerosas deixam de fazer sentido, e o isolamento social pode se intensificar, agravando ainda mais a condição.

Outro transtorno comum é o TOC, onde a pressão para evitar erros ou falhas pode levar a obsessões e compulsões que consomem tempo e geram sofrimento. Uma pessoa pode, por exemplo, revisar repetidamente um e-mail ou verificar portas e gavetas várias vezes, dificultando sua rotina. O sofrimento é real, é fundamental enfatizar que o TOC não é um simples hábito ou manias. É um transtorno mental que causa angústia intensa e compromete o bem-estar da pessoa.

O transtorno de pânico também é uma consequência possível do excesso de estresse. Quem vive sob constante pressão pode experienciar ataques de pânico, caracterizados por sintomas como taquicardia, sudorese, falta de ar e sensação de perda de controle, dificultando ainda mais a gestão do dia a dia.

Esses transtornos mostram como o ritmo acelerado pode afetar negativamente a saúde mental. Praticar a autocompaixão, buscar apoio profissional e incluir momentos de autocuidado na rotina são passos fundamentais para evitar o esgotamento e preservar o equilíbrio emocional.

Desacelere, reflita e priorize seu bem-estar
Neste Janeiro Branco, reserve um tempo para se conectar com suas emoções e necessidades. Desacelere. Afinal, uma mente saudável é a base para um corpo saudável e uma vida feliz.

A correria do dia a dia pode ser desgastante, mas lembre-se: 2025 está apenas começando e você terá todo o tempo do mundo para realizar seus objetivos. Não se sobrecarregue com compromissos e permita-se momentos de descanso e lazer. Afinal, uma mente tranquila é fundamental para alcançarmos nossos sonhos.

Faça uma pausa e reflita: como está a sua saúde mental? Se precisar, peça ajuda!

*Adriana Moraes – Psicóloga da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) – Especialista em Dependência Química e Saúde Mental – Colaboradora do site da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas).

 

Imagem de WOKANDAPIX por Pixabay


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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