21 de novembro de 2024

Dia Mundial da Saúde Mental: Priorize sua saúde mental e evite o burnout

8 de outubro de 20246min259
blogger-2838945_640

*Por Adriana Moraes

Embora tenhamos encerrado a Campanha Setembro Amarelo, voltada à prevenção do suicídio, o cuidado com a saúde mental deve ser diário. O Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado em 10 de outubro, é um convite para refletirmos sobre a importância de cuidar da nossa saúde mental.

Com as demandas crescentes do dia a dia, o estresse e o cansaço crônico têm se tornado companheiros comuns de muitas pessoas e a síndrome de burnout, em particular, merece destaque. Caracterizada por um profundo esgotamento físico, emocional e mental, o burnout é um sinal claro de que estamos ultrapassando nossos limites.

O burnout, também conhecido por síndrome do esgotamento profissional, é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional, é um problema sério que afeta a saúde mental e física de muitos trabalhadores. Causado por condições de trabalho insalubres, como sobrecarga, pressão e jornadas excessivas, o burnout leva à exaustão emocional, desmotivação e desinteresse pelo trabalho.

O termo ‘burnout’, em inglês, significa ‘queimar por completo’. Essa expressão ilustra a progressão da doença: à medida que o estresse se intensifica, a saúde psicológica do indivíduo se deteriora cada vez mais, culminando em um estado de exaustão completa. A síndrome costuma ser mais comum entre profissionais que atuam em áreas com alta demanda, como saúde, segurança pública e educação, onde o estresse e a sobrecarga de trabalho são frequentes.

Sintomas comportamentais do Burnout e fatores contribuintes

Os sintomas comportamentais da síndrome do esgotamento profissional são manifestações externas do sofrimento interno e do desgaste emocional. Eles podem se manifestar de diversas formas, e alguns dos mais comuns incluem:

Queixas frequentes: Pessoas com burnout tendem a reclamar com mais frequência sobre o trabalho, colegas, superiores ou a vida em geral. Essas queixas podem ser um reflexo da insatisfação e da frustração acumuladas.

Absenteísmo: A falta de vontade de ir trabalhar, o aumento das faltas e dos atrasos são sinais claros de que algo não vai bem. O trabalho passa a ser visto como uma obrigação pesada e dolorosa.

Erros profissionais: A concentração e a atenção diminuem severamente, levando a um aumento dos erros no trabalho. A pessoa pode ter dificuldades em tomar decisões e em cumprir prazos.

Tratar os outros com rispidez: A irritabilidade e a impaciência se tornam frequentes, levando a um comportamento mais rude e hostil com colegas, superiores e clientes.

Além dos sintomas, é importante entender os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do burnout. Alguns dos principais são:

Falta de reconhecimento: Quando o trabalho não é valorizado e os esforços não são reconhecidos, a pessoa pode se sentir desmotivada e desvalorizada.

Falta de cooperação dos colegas: Um ambiente de trabalho hostil ou com pouca colaboração pode gerar estresse e aumentar o risco da síndrome do esgotamento profissional.

Insatisfação profissional: Quando a pessoa não se sente realizada ou desafiada em seu trabalho, a insatisfação pode se instalar e contribuir para o desenvolvimento do burnout.

Burnout: não ignore os sinais

Como vimos, a síndrome do esgotamento profissional não é apenas um momento de cansaço, mas uma condição que pode impactar profundamente sua vida. Prevenir o burnout é cuidar de si mesmo.

Se você está sentindo os primeiros sinais, não ignore! Consulte um profissional de saúde mental. A psicoterapia e, em alguns casos, a medicação e o afastamento do trabalho, podem ser ferramentas importantes para lidar com o estresse e evitar o esgotamento.

 

*Adriana Moraes – Psicóloga da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) – Especialista em Dependência Química e Saúde Mental – Colaboradora do site da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas).

 

Imagem de Lukas Bieri por Pixabay


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



Newsletter


    Skip to content