Colorido e doce, Corote tem apelo infantil e é febre dos jovens no Carnaval
No centro de São Paulo, um homem com uma grande cicatriz na testa, ainda com os pontos, pede R$ 2. “Não é para comida, não. É para sustentar meu vício”, anunciava sua sinceridade. A bebida desejada tem vários nomes (comerciais ou não): barrigudinha, barrilzinho, Corote, Caninha da Roça… Destilados adoçados em garrafas bojudas de 500 ml são comumente avistados nas mãos de outras pessoas em situação de rua.
A alta graduação alcoólica (39%) embriaga rapidamente e nos últimos anos esse tipo de bebida tem passado para outras mãos jovens e se tornam mais visíveis em época de Carnaval. A aguardente (ou vodca) adoçada tem sido usada por menores de idade que aproveitam a festa durante o dia, de graça e com pouca fiscalização. Eles preferem pelas versões similares das marcas que produzem o coquetel alcoólico em sabores que variam de açaí a pêssego — o que diminui a quantidade de álcool (13,5%) na bebida de cores vibrantes.