Cracolândia do centro de SP diminui, mas vive conflitos diários
Tensão entre guarda, PM e usuários de drogas ocorrem durante limpeza de ruas
“A gente percebe pelos pombos”, diz uma mulher em frente à estação de trem Júlio Prestes, no centro de São Paulo. “Você olha esse tanto de pombo no chão, sabe que
está tranquilo. Se eles começam a voar sem parar, pode saber que vai ter confusão.”
É assim que uma enfermeira que atende usuários de droga na cracolândia diz saber quando vai estourar o próximo conflito na região -onde o fluxo de dependentes é menor do que há um ano, mas com tensão diária.
Área de venda e uso livre de drogas no centro paulistano, a cracolândia voltou ao foco policial em 21 de maio do ano passado, data de grande operação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) destinada a combater o tráfico de drogas na região. À época, o prefeito João Doria (PSDB) chegou a dizer que aquela cracolândia havia acabado.
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