Facções criminosas transformam o polígono da maconha em Pernambuco
Na região do sertão do São Francisco, moradores cercados por roças clandestinas convivem hoje com tráfico e repressão policial
El País – Gil Luiz Mendes
(imagem: Eric Engman AP)
Salgueiro é um ponto estratégico no meio do sertão nordestino. Conhecido como a “Encruzilhada do Nordeste”, o município pernambucano é equidistante das principais capitais da região; gasta-se o mesmo tempo para chegar dali a Recife ou a Fortaleza, por exemplo. Por esse motivo, a cidade tem grande importância na economia do Nordeste. O ponto central das operações da ferrovia Transnordestina fica no município, agora cortado pelos canais da transposição do rio São Francisco.
É também em Salgueiro que a BR-232 e a BR-116 se encontram, as rodovias que compõem a rede que escoa para o resto do país boa parte dos produtos agrícolas da região – incluindo a maconha produzida nas margens do rio São Francisco. Com os municípios de Cabrobó, Orocó, Petrolina, Carnaubeira da Penha, Belém de São Francisco, Betânia, Floresta e Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco; e Juazeiro, Paulo Afonso, Glória e Curaçá, na Bahia, Salgueiro compõe a região conhecida como o Polígono da Maconha.
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