28 de março de 2024

Consumo de crack e análise de sobrevida: resultados de 5 anos de seguimento.

27 de novembro de 20133min0

acesse: Consumo de crack e analise de sobrevida.pdf

Consumo de crack e análise de sobrevida: resultados de 5 anos de seguimento.

Não existem dados sobre uso de crack e mortalidade. A associação entre os transtornos relacionados ao uso de substância psicoativa e a mortalidade é evidente, com índices de 5 a 20 vezes maiores do que o esperado na população geral1. Apesar de consensual, tal associação adquire notável variabilidade e particularidade quando suas causas são analisadas em culturas específicas, ao longo dos anos ou a partir das características de uma determinada substância e sua via de administração.
No presente estudo, tentamos localizar os primeiros pacientes que procuraram a Clínica de Desintoxicação em Álcool e Drogas do Hospital Geral de Taipas (HGT), um serviço público situado na Zona Norte de São Paulo (Brasil), desde a sua fundação em 1992 até dezembro de 1994. Nesse período, 131 pacientes foram internados. Desses, 124 (94,6%) foram encontrados e entrevistados. Uma entrevista semi-estruturada abordou alguns aspectos relevantes: [1] trabalho e estudo, [2] contato com o sistema judicial, [3] consumo de cocaína e crack no último mês e ano, [4] tratamento atual e pregresso e [5] mortalidade.
A amostra era predominantemente masculina (88,5%) e branca (74,6%). Na época da internação (1992 – 1994), a idade média dos pacientes era de 22 anos (13 – 42 anos),, 66,9% estavam solteiros, 54,9% possuíam menos de 8 anos de estudo, 70,9% estavam desempregados, fora da escola ou afastados de suas atividades. A idade média do início do consumo de crack foi de 22,6 anos (mediana = 21, moda = 17), 64,2 consumiam-no há menos de 2 anos e 99% consumiram outro tipo de droga ilícita anteriormente, 28,7% dos entrevistados já haviam utilizado drogas endovenosas, 49% procurado outros tratamentos, 56,1% cometido delitos e 21,1% estado presos ou detidos.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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