Maioria das farmácias não aceita vender maconha no Uruguai

12 de julho de 20163min0
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site: Opinião & Notícia http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/farmacias-nao-querem-vender-maconha-no-uruguai/

LEGALIZAÇÃO

Programa do governo que prevê a venda da droga em farmácias tem baixa adesão

 Insegurança e burocracia estão entre os motivos citados pelas farmácias para justificar não adesão (Foto: Flickr)

A maioria dos donos de farmácias no Uruguai preferiu não aderir ao programa do governo que lhes autoriza a vender maconha legalmente. O motivo é o temor de que a droga transforme seus estabelecimentos em alvos ainda maiores da criminalidade, a burocracia para legalizar a distribuição da droga, o aumento nos custos e o protesto de clientes.

O Uruguai legalizou o cultivo e a venda de maconha em 2013 em uma tentativa de criar o primeiro mercado da droga regulamentado pelo governo do mundo. O objetivo é combater o aumento dos índices de homicídios e a criminalidade associados ao tráfico de drogas no país sul-americano.

Mas enquanto o governo quer começar a vender maconha em farmácias nas próximas semanas, até agora, apenas 50 das 1.200 farmácias se registraram para fazê-lo, alimentando um debate sobre a forma como a substância deve ser distribuída.

A lei permite o cultivo da maconha por indivíduos licenciados, a formação de clubes de produtores e usuários, assim como a venda em farmácias de até 40 gramas da droga por mês para usuários registrados. Embora o plano tenha sido amplamente aplaudido em todo o mundo e visto como um passo além da legislação sobre a droga nos estados americanos de Colorado e Washington, a maioria dos uruguaios se opõe a ela.

Como a venda a turistas é proibida, todas as farmácias em três dos quatro estados uruguaios que fazem fronteira com o Brasil não se habilitaram para vender a droga. A maioria dos donos de farmácia simplesmente acha que não vale a pena correr o risco.

 

Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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