Bom Prato quer aprimorar atendimento às pessoas em situação de rua e drogadição

4 de abril de 20176min0
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Secretaria de Desenvolvimento Social

Com o tema “Segurança alimentar com foco na situação de rua e na população usuária de substâncias psicoativas”, encontro capacita gestores do programa. 

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo promoveu, nesta segunda-feira, dia 3 de abril, o encontro “Segurança alimentar com foco na situação de rua e na população usuária de substâncias psicoativas”. O objetivo é capacitar e aprimorar o conhecimento dos gestores em relação ao atendimento às pessoas nestas condições sociais.

Como um público cada vez mais diversificado, o programa tem visto a importância de atender às diferentes necessidades. Diante dessa problemática, inicia uma série de capacitações como forma de aprimoramento profissional dos gestores das unidades. A iniciativa é da Coordenadoria de Segurança Alimentar, chefiada pela Rita Dalmaso, e da Escola de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, coordenada por Maria Isabel.

A última pesquisa realizada pelo programa apontou em 2015 que 3,5% dos frequentadores do Bom Prato estavam em situação de rua, moravam em habitações coletivas, albergues ou comunidades. Apesar dos números, o programa vê a necessidade aperfeiçoar um atendimento especializado para essas pessoas que necessitam de políticas públicas do governo. Neste levantamento, ao todo, foram realizadas 2.199 entrevistas, sendo, em média, 40 em cada um dos restaurantes em suas respectivas localidades, no período compreendido entre março de 2015 a março de 2016.

Participaram do encontro, o secretário de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro; a técnica da CAS (Coordenadoria de Ação Social), Luciana Bolognini Ferreira Machado; a técnica do COED (Coordenadoria de Políticas Sobre Drogas), Pamela Leonardo; e a psicóloga do CRATOD (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), Isabel Ferreira da Silva.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, destaca a importância da união entre estes serviços na assistência social. “É necessário aproveitar esses espaços, o Bom Prato, por exemplo, é um espaço de sociabilidade, é um momento que você tem de dividir com o outro, suas angústias, seus desejos, seus anseios”, ressalta.

Para a técnica do CAS, Luciana Bolognini Ferreira Machado, há a necessidade de reconstruir nosso olhar com as pessoas em situação de rua. “Tem que ter espaço e profissionais para lidar com essa situação no Bom Prato”, acrescenta Isabel Ferreira da Silva, psicóloga do CRATOD.

Portanto, diante das 51 unidades de Bom Prato no Estado de São Paulo, o encontro quis discutir as formas de atendimento às pessoas em situação de rua e dependentes químicos, além de esclarecer o trabalho que tem sido feito com essa população, a partir do programa Recomeço, por exemplo, e de ações de assistência social.

Sobre o Bom Prato

Criado há 16 anos, a rede de restaurantes populares oferta alimentação balanceada e de qualidade (almoço e café da manhã) com foco na população de baixa renda, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

No Estado de São Paulo o programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e atende diariamente mais de 84 mil pessoas. Desde a inauguração em 2000, já serviu mais de 166 milhões de refeições. Atualmente há 51 unidades em funcionamento, sendo 22 localizadas na Capital, oito na Grande São Paulo, seis no litoral e 15 no interior.

O almoço tem custo de R$ 1,00 para o usuário. A alimentação é balanceada com 1.200 calorias, composta por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa (geralmente uma fruta da época).

Já o café da manhã é oferecido leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. A refeição, de 400 calorias em média, custa R$ 0,50 ao usuário. Em setembro de 2011, este serviço foi implantado em todos os restaurantes.

Assessoria de Imprensa

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

 
 

Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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